terça-feira, 16 de junho de 2009

India (2006)

Durante mais de 6 meses estivemos a ganhar coragem e forças para nos aventurarmos num país que sabíamos, à partida, que iria ser complicado para uma viajem de mochila às costas como seria a Índia. No entanto uma força inconsciente chamava-nos para explorar um país que tem tanto de vasto como de singular e misterioso para descobrir. Sabíamos que as condições que este vasto país tem para oferecer a este tipo de turismo são precárias e muito duras. E, não nos enganámos!!! Apesar de meses de consciencialização para essas dificuldades, o choque à chegada a Nova Deli foi tremendo… assustador mesmo! Chegámos ao aeroporto internacional da capital perto das 3h da manhã do dia 3 de Agosto de 2006. Aguardámos dentro do mesmo para que nascesse o dia. Até aqui tudo bem pois o aeroporto embora simples era relativamente normal e limpo. Com os 1ºs raios de sol começou a fervilhar em nós a curiosidade de iniciar a aventura a valer e ir conhecer a cidade. Mal se abriram as portas do aeroporto e constatámos logo o 1º choque: o cheiro era nauseabundo (tipo pocilga mesmo) e que, aliado à humidade quente que se fazia sentir, originou como que uma ameaça de tontura e desmaio! Jamais irei esquecer aquele odor… não porque tenha sido o pior que cheirei nesta viagem (longe disso), mas sim por causa do 1º impacto com este país! Bom, daqui para frente foi o frenesim, a agitação, o caos, os receios, o stress ... mas também a compensação de tudo o que este grandioso e rico país tem para dar!



O assédio para o transporte, alojamento, refeições, compras e visitas guiadas é enorme o que, aliado às faces de pele escura, para nós muito estranhas e às vestimentas muitas vezes sujas e rasgadas, nos leva a um receio e desconfiança muito grande mas que, com o passar do tempo se revela desnecessária e sem sentido! Ao chegarmos ao centro de Nova Deli apercebemo-nos do “caos organizado” que se vive nas grandes cidades indianas.





Escasseiam os sinais e regras de trânsito, e tudo funciona através da buzinadela . Absolutamente incrível e desesperante até nos ambientarmos! A pé pelas ruas, as sensações e visões imediatas não são as melhores: o lixo nas ruas, os cheiros que se vão misturando, os cães vadios, as vacas magras com ar doentio, as crianças semi-nuas a revolverem os montes de porcaria acumulada, os pedintes sujos, deficientes ou doentes vagueiam por entre os carros e motos completamente moribundos! Foi aqui que nos apercebemos que, por muito que nos tivéssemos preparados, jamais seria o suficiente! Não fosse a esperança que as coisas fora dos grandes centros seriam realmente melhores e mais agradáveis, teríamos regressado a Portugal pois o que vimos nos 1ºs 2 dias na capital não compensava este choque que estávamos a viver! No entanto, a condição humana tem tanto de misterioso como de fantástico pois no final do 2º dia já conseguíamos ver e encontrar os pormenores mais incríveis, singulares e até maravilhosos que tínhamos ambicionado, nem que fosse apenas por um minuto enquanto não tínhamos que nos desviar de uma ratazana com 20cms a alimentar-se e a partilhar com uma criança, um monte de lixo mesmo ali ao lado!



Mas não se pense que a Índia é um país assim tão pobre! Aliás é muito mais rico e próspero que Portugal e dispõe dos melhores médicos, cientistas e da melhor tecnologia do mundo! Era frequente vermos pessoas nos cafés com portáteis ou com telemóveis topo de gama ou lap tops! O problema da Índia reside no facto de serem pessoas a mais para os recursos existentes, deriva também uma questão cultural que ainda obriga a uma divisão social em castas e hierarquias e ainda à aceitação da condição de pobre e mendigo como uma situação normal histórica e cultural!
Por mais estranho que pareça, a mendicidade e a pobreza fazem parte da cultura e da religião da Índia! Alguns dos seus deuses hindus passaram por esta fase no seu caminho para o divino, bem como os budistas o fizeram e fazem para na sua tentativa de alcançar o Nirvana e a Iluminação.
O que mais fascina na Índia é a sua diversidade cultural e religiosa que se misturam numa harmonia aparente por entre os milhões de pessoas que se cruzam na rua. É sem margem para dúvidas o país mais rico e diversificado culturalmente, sendo aqui que surgiram algumas das importantes religiões que subsistem até aos dias de hoje, como o Hinduísmo, o Budismo, o Jainismo e o Siquismo e muitas outras desconhecidas para nós, leigos ocidentais . O Hinduísmo é a religião predominante, seguido do Budismo e do Islamismo. Os católicos escasseiam mas vão surgindo e metendo conversa com os ocidentais na tentativa de satisfazer a sua curiosidade. E curiosidade é uma das maiores características do povo indiano pois por entre a multidão os caminhos abriam-se para nós e os nativos paravam mesmo para nos verem e observarem, para tocar na nossa pele, para nos tirarem fotos, para colocarem a cabeça por cima do nosso ombro na tentativa de lerem o nosso guia ou apenas para sorrirem para nós sobressaindo o branco imaculado dos seus dentes bem como toda a simplicidade e simpatia de um povo. Inesquecível!!!
Na capital, Deli, destaco apenas a porta da Índia e a zona do Parlamento (a única zona limpa), o palácio real (Forte Vermelho), a mesquita de Jami Masjid, as lojas, bazares e mercados recheados de artesanato, recordações e velharias.
De seguida apanhámos o comboio para norte, para Pathankot, a caminho de Daharamshala, o refugio de Dalai Lama no sopé dos Himalaias. A estação de comboios de Deli é também ela caótica, com muitos cheiros à mistura e algumas ratazanas e baratas nas linhas, principalmente à noite.

É fácil perceber o porquê deste elevado numero de bicharada pelas ruas pois os Indianos como bons religiosos hindus e budistas não matam qualquer animal, o lixo nas ruas serve de fonte rica em alimento e eles próprios não têm uma cultura ambiental e de higiene pública muito enraizada. Aliás... essa consciência ambiental é praticamente nula.
À medida que nos afastamos dos grandes centros as condições vão melhorando, as ruas são mais limpas e menos caóticas. No norte respira-se o ar puro do maciço montanhoso dos Himalaias e a tranquilidade do pacifismo dos budistas existentes em toda a zona. É realmente relaxante e compensador todo o ambiente vivido na cidade que abriga o Pontífice Dalai Lama, Daharamshala.



De Daharamshala partimos para Manali mais no coração dos Himalaias e excelente para explorarmos este majestoso gigante, apelidado como o tecto do mundo! Fomos de autocarro que ao contrário dos comboios se revela sempre muito pouco confortável, muito moroso mas também originador das cenas e aventuras mais caricatas e inimagináveis! Nesta viagem, por exemplo, o autocarro sem ar condicionado nem suspensões dava saltos ao passar nas esburacadas estradas e isto enquanto o motorista ia cuspindo de 2 em 2 minutos, uma substancia preta que provinha do tabaco de mascar! Nós, para ajudar à festa, íamos muito encolhidos num pequeno banco improvisado mesmo atrás do condutor.





Pelo caminho as paisagens eram majestosas e o verde ia substituindo o negro da poluição e o colorido dos carros! Respira-se um ar muito fresco e a tranquilidade impera! Já em Manali e muito bem instalados, agendámos um passeio de jeep 4x4 de 2 dias por entre os trilhos do coração dos Himalaias. Depressa atingimos os 5 mil metros e à medida que penetrávamos para o interior do maciço, o verde era substituído pela aridez mágica da montanha e o silêncio era apenas quebrado pelo agitar desenfreado e assustador das aguas originadas pelo degelo da época. Os caminhos eram muito estreitos e por vezes cruzávamo-nos com camiões carregadíssimos que roçavam as bermas dos precipicios mais altos que se possam imaginar.



A cabeça pesava e o mínimo esforço cansava bastante. O destino eram várias aldeias budistas que anteriormente pertenciam ao Tibete e o ponto alto seriam os míticos templos budistas que se alojam nas escarpas ou cumes das altas montanhas. Nada podia estar mais harmonioso com a própria montanha que esta religião e este povo que a venera e por ela reza demonstrando um enorme respeito pelas forças da natureza. Os rostos dos povos que vamos encontrando têm traços muito diferentes da restante Índia sendo de predominância mongol, reservados mas muito simpáticos.



Os nómadas e pastores surgem caminhando ou nos seus burros, nas estradas mais remotas e estreitas como quem vai ao café da esquina ou supermercado mais próximo! Vêm-se também alguns ocidentais a caminhar ou de bicicleta explorando a montanha na tentativa de absorver toda esta magia que ela transmite ganhando forças em todos os pequenos templos budistas decorados com bandeiras multicolores que, ao vento, nos vão lembrando de quem dita as regras ali é a própria natureza! É aqui que constatamos que somos um pequeno grão de areia em toda esta imensidão.



De Manali prosseguimos para Shimla mas alugámos imediatamente um carro com 2 condutores para nos levarem até Agra, perto de Deli e depois para o Rajastão, numa tentativa de poupar tempo… e resultou! Em Agra visitámos o imperdível Taj Mahal.



Valeu bem a pena pois a riqueza deste monumento é enorme! Foi mandado construir pelo imperador mongol Xa Jahan em honra da sua amada esposa Mumtaz Mahal, em 1643. É de influência islâmica e está ricamente decorado com muito ouro e pedras semi-preciosas. Não é muito grande mas é muito rico!
Ficámos apenas mais uma tarde em Agra onde tivemos que descansar numa mesquita de borda de estrada que recebe e aloja peregrinos mas cujas condições estão muito aquém do que estamos habituados… mas pronto… já estávamos a ficar habituados!
De novo na estrada fizemos muitos kms até ao Rajastão. Mais uma oportunidade de presenciar as mais caricatas situações no transito desde uma auto-estrada com 3 faixas onde normalmente circulavam 5 faixas, desde irmos nessa auto-estrada e de repente apercebermo-nos de umas luzes de frente que pertenciam a alguém que achava que deveria ir no sentido contrário ou ainda os muitos camiões avariados na faixa do meio, sem sinalização e que obrigava a manobras loucas para nos desviarmos. O que é certo é que raramente víamos um acidente e acima de tudo apita-se mas ninguém fica chateado com ninguém, nem insulta ninguém! Temos muito a aprender, nós os portugueses!

O destino desta viagem foi Jaipur, “A cidade Rosa”, derivada da pedra barrenta que são feitos os edifícios mais antigos. Esta zona da Índia é das mais secas mas das mais ricas culturalmente e historicamente, onde se cruzam homens de turbantes, encantadores de serpentes, vendedores de ouro e pratas e jovens de jeans. Parece tirada de um filme das mil e uma noites!





Tivémos alguma dificuldade em arranjar alojamento pois apenas existia o muito caro com hotéis majestosos com porteiros rigorosamente vestidos ou o muito barato de aspecto mais duvidoso. Após 4 ou 5 tentativas lá encontrámos um meio termo aceitável. Aproveitámos também para comer uma pizza… sim uma pizza e carne pois há muitos dias que estávamos obrigados a uma dieta vegetariana tal a dificuldade em encontrar pratos de carne. Os hindus não comem vaca, os budistas são vegetarianos e os muçulmanos não come porco logo… muita fominha para o tuga normal!



Em Jaipur visitámos o Hawa Mahal com a sua invulgar fachada, o palácio Chandra Mahal e o Forte de Amber, onde subimos de elefante até ao interior do mesmo. O elefante, antes utilizado em todos os trabalhos pesados e mesmo nas batalhas é agora usado no turismo, também explorado, mas de uma forma menos violenta! Este palácio-fortaleza data do sec. XVI e demonstra toda a riqueza de um povo em cada uma das minuciosas decorações de pedras semi-preciosas ou arcos e janelas rendilhadas.

Após 2 noites de estadia prosseguimos para oeste direitos a Udaipur, a cidade dos lagos, menos seca mas com a cultura do Rajastão bem presente até nas pinturas nas paredes da casa mais simples no centro da cidade. Destacam-se o palácio Jag Niwas sobre o lago Pichola e o Palácio Real da Cidade com um excelente conjunto de artefactos mongóis e islâmicos. Esta cidade vive um ambiente muito descontraído e até romântico e nas ruas, à noite, víamos muitos estrangeiros em plena conversa com os locais que se mostravam muito curiosos do modo de vida ocidental. Nós próprios ficámos mais de uma hora a conversar com o dono de um restaurante sobre os valores do casamento e as diferenças entre as 2 culturas. Muito enriquecedor tanto para nós como para ele próprio!



De Udaipur partimos de autocarro até Bombaim para apanharmos o comboio até Goa, mais a sul! Bom esta viagem revelou-se numa das maiores e mais duras de todas as que fiz até hoje. Na paragem de autocarro e enquanto aguardávamos mais de 2 horas, serviam-nos um aconchegante chá, e estávamos rodeados de cartazes com autocarros de luxo, aerodinâmicos, de bom aspecto… apontávamos para as fotografias e as pessoas sem perceberem o inglês acenavam que sim com a cabeça, enquanto sorriam! Chegados à hora fomos “puxados” numa correria louca com as mochilas a reboque para um parque de autocarros velhos e a cair, esperançados de encontrar o nosso autocarro com estofos em pele. Por fim parámos junto de um autocarro surreal, velhíssimo, sujo e com malas e pessoas no tejadilho. Discutimos com o tipo e com o camionista mas eles iam arrancar sem nós e tivémos mesmo que embarcar pois, caso contrário, ainda hoje estaríamos à espera do luxuoso bus. A viagem durou quase 16 horas com apenas 3 paragens e onde nós éramos os únicos “brancos” em todo o autocarro. O autocarro também era muito particular pois em baixo eram cadeiras normais de autocarro e por cima estavam uns compartimentos que eles chamavam camas de estofos completamente encardidos. Todos olhavam para nós! Havia pessoas deitadas pelo chão e o cheiro também era característico. Deu para nos rirmos durante uma boa meia hora… até começar o desconforto da estrada e das suspensões, e ainda, eu ter adoecido com uma gastroenterite aguda e repentina. Fiquei com febres altas e vomitei uma série de vezes (pela janela pois eles não param). Quando parámos numa das vezes passei por entre os corpos adormecidos pelo chão do autocarro e quando saí acabei por desmaiar de fraqueza! Os indianos aperceberam-se e agarram-me a tempo… jamais esquecerei quando abri os olhos, poucos minutos depois, e vi cerca de 20 indianos com aquelas caras cómicas de olhos curiosos esbugalhados a fixarem-me enquanto eu tentava perceber o que me tinha acontecido! Linda imagem, muito caricata! A Ana sem falar inglês desesperava na tentativa de saber o que se passava e de comunicar com os nativos. Retomei forças e tive que aguentar viagem até Bombaim. Ficámos à entrada da cidade na borda de uma estrada sem qualquer paragem, posto de informação, lojas, policia… nada! E já era noite cerrada! Lá conseguimos quem nos levasse para a estação de comboio que pretendíamos e ficámos umas boas 6 horas à espera de comboio para Goa. Ficámos numa sala “VIP” reservada para bilhetes de 1ª e 2ª classe que já não era usada à meses, com ar condicionado, wc privativos limpos e tínhamos a visita constante dos funcionários que muito contentes por terem tão ilustres convidados, perguntavam num inglês macarrónico “OK?” e sentavam-se ao nosso lado enquanto olhavam para nós, riam e perguntavam repetidamente “OK?”. Muito engraçado não fossem as muitas e gigantescas osgas que nos miravam e aproximavam-se sem medo! Pareciam dragões de kommodo indonésios! Eu lá ia dormindo recuperando da viagem enquanto a Ana vivia um pesadelo, mas acordada!
Já no comboio para Goa, voltámos a ter algum conforto em vagão com cama e ar condicionado e onde íamos dormindo nas 12 horas de viagem interrompidas apenas pelos pregões dos vendedores, que carregados de comida e bebidas, percorrem os corredores das carruagens.
Chegados a Goa parecia que estávamos noutra India: mais tranquila, limpa, com palmeiras, ar fresco do mar,…



Procurámos um hotel perto do mar e não foi difícil encontrar pois estávamos em época baixa e os preços também eram mais baixos! O mar nesta altura está muito revolto e apresnta uma cor barrenta impossibilitando um mergulho! As praias e paisagens são muito giras, muito ambiente tropical de coqueiros e palmeiras, areias brancas embora não se possa considerar um verdadeiro e típico paraíso, é realmente muito agradável e bonito. Procurávamos com a nossa ida a Goa, de uma forma semi-inconsciente, aquilo que qualquer português procura numa viagem a uma ex-colónia: um reencontro com uma réstia de cultura portuguesa. Algo que nos faça esquecer a nossa actual pequenez e insignificância no panorama actual e relembre os grandes feitos de outros tempos de que, quer queiramos ou não, acabaremos por orgulhosamente dizer “isto é português” ou “isto foram os portugueses que trouxeram ou construíram”! Mas na realidade Goa acaba por ter muitos edifícios e monumentos portugueses mas os habitantes passam ao lado de tudo isso e muitos não sabem sequer quem foram os portugueses ou onde fica Portugal! É preciso procurar muito bem alguém que ainda fale e se lembre do português apesar de algumas palavras serem portuguesas ou do nome de todas as ruas ser em português. Ainda assim vale muito a pena passear pelas ruas de Panaji (capital da região de Goa) com arquitectura tipicamente portuguesa bem como as muitas igrejas existentes.



Alugámos uma moto e tranquilamente passeámos por entre arrozais e palmeiras com igrejas espalhadas um pouco por todo o lado, bem como as casas senhoriais antigas portuguesas e holandesas cuidadosamente restauradas e que proporcionam uma viagem no tempo muito real e interessante. Destaco ainda a mundialmente conhecida Basílica do Bom Jesus que alberga o túmulo de S. Francisco Xavier e a Sé Catedral. Goa foi anexada pela União Indiana em 1961 após 400 anos de domínio português.





Após cerca de 4 dias em Goa fizemos a viagem de regresso, de comboio até Bombaim e daqui voámos directos para Frankfurt e depois Lisboa poupando uma longa viagem até Deli! Quando chegámos a Portugal, exaustos e 5 quilos mais magros não queríamos sequer pensar na hipótese de regressar mas passados 2-3 meses e constatando o impacto que esta viagem teve nas nossas vidas, e no modo de ver o mundo, damos connosco com uma enorme vontade de visitar o tanto que ficou por conhecer, ansiando mais uma oportunidade de interagir com o povo indiano ou apenas de ver um daqueles sorrisos inocentes de quem pouco tem mas que pode dar muito! Será uma viagem que ficará para sempre marcada nas nossas memórias pelas aventuras e desventuras vividas e pela singularidade de um país tão vasto, tão rico na sua cultura, na sua história e nas suas gentes!

Sem comentários:

Enviar um comentário