quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Cabo Verde: Ilha do Sal

Em Abril de 2010 decidimos fazer uma escapadela de Páscoa e como o Inverno continuava rigoroso, nada melhor que recuperar forças… na praia. Mais acessível, relativamente perto de Portugal (cerca de 3 horas de voo, creio) e revelando uma boa relação preço-qualidade, Cabo Verde foi a opção escolhida.
Como dispúnhamos apenas de uma semana optámos por uma viagem totalmente organizada e a uma só ilha: Ilha do Sal. Em termos de praia é uma das melhores embora seja um pouco ventosa mas numa espreguiçadeira consegue ser bem suportável.





A areia dourada e fina e o mar de um azul belo e intenso fazem da Ilha do Sal um dos locais mais procurados. Proporciona-nos também um “cheirinho”muito ligeiro daquilo que é a cultura africana e o modo de vida tão típico de todo o Cabo Verde embora não seja a ilha ideal para obter essa sensibilidade e essa interacção com a sua cultura e costumes, mas também não era esse o objectivo inicial.



Fomos pela Abreu e ficámos no conhecido resort Oásis Belo Horizonte, em Santa Maria, muito frequentado por portugueses a par do RIU (mais uma estrela). O resort é composto por muitos bungalows bastante simples, sem grandes luxos mas com ar condicionado. Tem todas as infraestruturas necessárias: boas piscinas, 2 restaurantes, parque infantil, muitas actividades sempre a decorrer e boa animação à noite… mesmo não fazendo nada o meu género de férias.



Optávamos mais frequentemente por ir até à “cidade” de Santa Maria e ao pontão dos pescadores numa tentativa de absorver mais eficazmente a cultura e o modo de vida locais. Demos umas voltas a pé pelas ruas da cidade, mesmo as que ficam mais longe da avenida principal. Desde que o façamos de dia não há qualquer problema em nos afastarmos um pouco. Santa Maria está lotada de Senegaleses e Guineenses, que controlam mais de 95% das lojas e bancas de artesanato, o que é pena pois dificulta muito encontrarmos artesanato genuíno cabo verdeano.



A gastronomia local é uma autentica perdição pois para além dos pratos típicos de cachupa e xerém também temos muita variedade de peixe fresco e outros pratos de carne grelhada para quem não apreciar o restante. Fomos apenas com regime de APA mas quem vá com tudo incluído ou pensão completa não deve deixar de perder a oportunidade de ir até à cidade e ir a um dos bons restaurantes no centro. Destaca-se o conhecidíssimo Funaná. De salientar que a maioria dos restaurantes não é muito barato, e alguns pratos ultrapassam mesmo os preços de Portugal, em especial as bebidas.





Para além da boa praia e dos desportos náuticos relacionados (o windsurf , o kitesurf e o mergulho são muito procurados) também há a possibilidade de fazermos uma excursão de 1 dia inteiro pela ilha.



Não necessitam de optar pelas excursões dos próprios hotéis ou das operadoras, que nos são “impingidas” em sessões assim que chegamos ao hotel. São mais caras e levam entre 10 a 20 pessoas. Nós contratámos a nossa com um guia local numa carrinha pick-up simples só para nós (Carlos Tours – 00238-9897973). Ok! Não são guias licenciados ou profissionais mas para visitar esta ilha não é preciso mais pois não há praticamente edifícios ou locais históricos com muita cultura complexa a aprender. Aliás, os tours são todos muito parecidos e encaixam nas próprias limitações da ilha: visita à Calheta Funda, às salinas (tem que se pagar para entrar e apenas vale a pena se houver tempo para tal), cidade de Espargos, vila piscatória de Palmeira, um mergulho na piscina natural da Buracona e passagem pela zona mais desértica que permite ver as miragens provocadas pelo calor. Foi também muito interessante um restaurante familiar onde o nosso guia nos levou, bastante barato e com deliciosa comida caseira. Esta excursão tem o seu interesse e vale sempre a pena, nem que seja para “fugir” à monotonia da praia.



Resumindo, mesmo que Cabo Verde não seja assim tão diferente das nossas praias (a água tem uma temperatura um pouco mais agradável, é certo!) e mesmo que não disponha de muitas atracções turísticas é sem duvida uma excelente opção para quando ansiamos uma boa semana de praia, em pleno Inverno português ou mesmo quando o nosso clima não está favorável. É também um local encantador, muito relaxante, seguro e as pessoas recebem-nos muito bem. Para além da possibilidade de recarregarmos de baterias e podermos aproveitar uma excelente praia ficámos com uma enorme vontade de conhecer o restante arquipélago, principalmente os locais mais originais, tradicionais, culturais e típicos. Para uma próxima oportunidade!

3 comentários:

  1. Daniel Brites,
    obrigado pelas dicas.

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  2. Gostei do seu blog!! tenho a previsão de la ir em abril passar férias de uma semana, mais a mim o que mais implica-me é o facto de ninguém, disse-me com certeza quanto é que posso levar (dinheiro) para passar uma boa semana de férias.... USD

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  3. Ola obrigada pela informaçao detalhada. O carlos tem agora um novo numero de whatsapp+238 9996483 e pagina no facebook e no insta : @carloscruztours ou @carloscruztourscv (insta) . Imperdivel a volta com ele e ficam com uma amigo no sal . Nao sei se e possivel editar o numero dele no corpo do artigo seria super util ! Grata

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